Uma das mais aborrecidas e incómodas infecções, aos olhos dos jovens e menos jovens, chama-se herpes labial. Uma infecção no lábio causada pelo vírus herpes simplex, que se transmite pelo contacto com a pele infectada, saliva, mucosas com feridas, ou superfícies onde o vírus esteja depositado, seja em talheres ou copos, sanitas, chão, por exemplo.
Os meus pacientes mais jovens vivem a herpes labial como uma catástrofe. É o adeus ao beijo, e a uma oportunidade que nunca se pode perder. É de facto uma infecção limitadora porque não tem cura e é facilmente contagiosa porque nem sempre é detectável em todas as suas fases de surto. É por vezes dolorosa, dura entre 8 a 10 dias, e aconselha-se tratamento para evitar marcas, machas ou cicatrizes.
Qualquer pessoa pode ser portadora deste vírus. Aliás, cerca de 90% da população adulta é portadora de anticorpos do Herpes Vírus, o que significa que tiveram contacto a uma determinada altura com esse mesmo vírus. O que acontece é que o vírus não se manifesta em todas as pessoas. Acontece muito frequentemente nunca haver surtos. No entanto, muito embora o vírus possa permanecer latente anos e anos, factores como o vento, frio e sol podem ajudar a desencadear um novo surto.
Falemos um pouco sobre os factores desencadeantes, porque de uma forma ou de outra, já que a herpes labial não tem cura, tem pelo menos alguma prevenção e tratamento. Aliás, se os meus pacientes, sobretudo os mais jovens, ouvissem o seu médico dermatologista e os conselhos sábios que lhes tem dado, teriam de fechar os lábios ao beijo menos vezes, não é juventude?
Não nos podemos esconder exclusivamente sob o pretexto de não podermos controlar o vento, o frio ou o calor. Se Uma das mais aborrecidas e incómodas infecções, aos olhos dos jovens e menos jovens, chama-se herpes labial.por um lado há factores externos ao organismo que desencadeiam surtos de herpes labial. Por outro, há factores internos que provocam em maior escala a reactivação do vírus. A saber; o stress, a fadiga, infecções, alterações hormonais ou traumatismos pequenos nos lábios (resultantes da utilização de cosméticos estragados, barbear ou tratamento dentário). Quando conjugados factores externos + internos, a mistura pode, de facto, ser explosiva.
Deste modo e principalmente nas alturas em que as temperaturas são mais baixas ou mais altas, sugiro alguma contenção. Aconselho uma vida mais calma, saudável e com menos cosméticos que possam ser agressivos para os lábios. E esteja atento aos sinais.
Caro Leitor, é importante entender-se que 40% das pessoas não sabem que têm herpes e por isso são uma fonte significativa de contágio. O que deve saber para identificar o herpes?
3 pequenos sinais não exclusivos:
– sensação de ardor
– sensação de comichão
– borbulhinhas com aspecto de vesículas agrupadas na área do lábio
– ferida e crostas
Uma vez que é o líquido que está dentro das bolhas o verdadeiro responsável pelo contágio, recomendo a todos os meus pacientes que ataquem as bolhas assim que notarem o seu surgimento, a fim de evitar o seu rompimento e a saída do líquido.
Quem sofre regularmente de herpes sabe perfeitamente reconhecer o início de um surto. É nesta fase de “multiplicação do vírus” que a terapêutica é mais eficaz com o recurso a medicamentos anti-virais tomados pela boca.
De forma complementar podem ser tomados alguns suplementos vitamínicos ou outras moléculas para evitar a dores prolongadas após cada episódio e usar o sulfato de zinco ou o éter para “secar” mais rapidamente as lesões e encurtar a sua resolução.
Quem sofre de mais do que 1 episódio de 2/2 meses tem indicação para fazer estes anti-virais de uma forma continuada, pelo menos durante algum tempo, em doses ligeiramente diferentes das doses de tratamento.
Consulte o seu dermatologista. Ele saberá dar-lhe os conselhos mais adequados para o seu caso em particular.