Contrariamente ao que se possa pensar, não é por «capricho» que são as mulheres as que mais recorrem às nossas consultas. Existem «factores fisiológicos hormonais» que fazem com que o processo de envelhecimento da mulher se manifeste mais cedo e tenha períodos de aceleração mais rápidos. Trata-se do ciclo menstrual que todos os meses origina flutuações hormonais, da contracepção hormonal que pode causar efeitos secundários («manchas», acne, rugas,…), da gravidez e da amamentação, sendo que a estabilização do corpo só ocorre passados largos meses ou ainda da menopausa que determina uma diminuição abrupta dos estrogénios protectores. Nas nossas consultas temos mulheres jovens preocupadas com as «primeiras» rugas dos olhos ou do lábio superior, com a falta de tonicidade da face ou ainda com as alterações pigmentares da pele. Mas também temos outras que aparecem numa fase mais adiantada do processo de envelhecimento, por exemplo, com rugas marcadas na face. Há pessoas que toleram algumas rugas e outras que encaram a simples antecipação do seu surgimento como um problema e por isso fazem tratamentos para evitar que apareçam. É mais ou menos consensual que as mulheres são«críticas» relativamente às outras relativamente aos elementos externos que estão associados à beleza: o cabelo, a maquilhagem, a roupa e…. as intervenções estéticas. Isto sem por vezes se recordarem que cada qual tem a sua motivação e o direito de ter a aparência que o deixa feliz. Acrescendo que, por não haver duas pessoas iguais, os tratamentos estéticos utilizados e seus respectivos resultados são, obviamente, diferentes. As mulheres também tendem a ter expectativas altas acerca dos tratamentos e, regra geral, esperam mais do que aquilo que eles realmente proporcionam. Passamos muito algum tempo a gerir expectativas e sempre frisamos que é impossível (e indesejável!) apagar o passado e também fazer com que o tempo pare; amanhã «estaremos todos um dia mais velhos». Outro aspecto que trabalhamos nas consultas é a desmistificação de conceitos que estão de certa forma vulgarizados na linguagem quotidiana e que vão sendo perpetuados por alguns «media». Por exemplo, ainda há quem pense que o Botox® se coloca nos lábios! Antes de tomar qualquer decisão, peça a opinião aos médicos especialistas. Marque uma consulta e tire todas as suas dúvidas.